Ceará arranca empate aos 90 minutos e complica o Fortaleza na luta para a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro 

Por João Xavier

Numa noite caleidoscópica e agitada de quinta-feira de Brasileirão, Ceará e Fortaleza entraram em campo para realizar o último Clássico-Rei de 2025. Homer Simpson — em alusão a paternidade sobre Bart, personagem da torcida do Fortaleza — protagonizou a arquibancada do Ceará junto com um mosaico de jornais de conquistas do Fortaleza sobre o maior rival.

O Clássico-Rei número 5 de 2025 teve arbitragem de Wilton Pereira Sampaio e iniciou-se às 20h desta quinta-feira, 6, na Arena Castelão, em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. No começo do  jogo, já teve um prefácio do que seria a partida: clima de rivalidade aflorada, com muita disputa por espaço e combates físicos pela posse de bola. Houve volume ofensivo, mas sem chances claras de gols até os 30 minutos do primeiro tempo.

A emoção foi grande para o lado Tricolor aos 36 minutos, com o único escanteio da equipe na primeira etapa. Breno Lopes lançou na área para cabeceio de Adam Barrero, que abriu o marcador e deu a vitória parcial para o Laion no primeiro tempo. No reinício da partida, o Leão recuou excessivamente, enquanto o Alvinegro aumentou a pressão. 

Na segunda etapa, o duelo ficou bem definido: o “Mais Querido” teve maior controle da posse de bola, em busca do empate. O Tricolor de Aço, em contrapartida, em bloco baixo, tentou sustentar a pressão e surpreendeu o rival por meio dos contra-ataques. No primeiro quarto da etapa, o Leão levou a melhor e não sofreu muitos sustos.

Do lado do Alvinegro, a péssima performance de Pedro Henrique atrapalhou o ataque. No controle da prancheta, Léo Condé fez modificações e colocou Mugni no lugar de Zanocelo — substituições feitas para melhorar o sistema ofensivo, até o momento da partida pouco produtivo.

Martín Palermo, no comando tricolor, rapidamente chamou o meia Lucas Crispim para dar sustentação ao meio campo e arquitetar transições para o ataque. Aos 20 minutos, a torcida do Leão viu o time desperdiçar uma chance de ouro: após cochilo na zaga do Ceará, Marcos Victor deixou a bola de bandeja na pequena área para Herrera, que finalizou rasteiro — Bruno Ferreira fez ótima defesa com os pés e evitou o gol.

A postura defensiva precoce do Fortaleza acabou sendo punida. O Ceará chegou com mais perigo e ameaçou de maneira mais perigosa as redes do goleiro Brenno. Em cruzamento do zagueiro Marcos Victor, Pedro Raul sobe mais alto do que todos da zaga do Leão e com excelência, empata o placar.

O resultado foi justo pelo o que as duas equipes produziram no confronto. Mais doce para o Vozão, que fica próximo da casa dos 40 pontos e com situação bem encaminhada para permanência na Série A e vaga na Sul-Americana. Já o empate, para o Leão, teve gosto amargo e frustrante, que pouco agrega na briga contra o rebaixamento, com 29 pontos e na  19ª colocação.

O próximo confronto do Fortaleza é no domingo, 9, contra o Grêmio na Arena Castelão, às 20h30. Já o Ceará visita o Corinthians, na Neo Química Arena, também no domingo, 9, às 16h.

Léo Condé em Ceará x Fortaleza I Foto: Ismael Soares/SVM